A Filosofia Clínica pode auxiliar em hospitais e clínicas na devolução dos diagnósticos, dos prognósticos, por parte da equipe médica para uma pessoa?
Uma pessoa apresenta um problema cardiovascular gravíssimo, um tumor maligno, uma virose que pede observação e isolamento ou questões outras de graves implicações: como informar à pessoa?
Acompanhe a aula a seguir, gravada em Goiânia, durante aulas do curso de formação em Filosofia Clínica com Lúcio Packter.
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Adib Jatene (médico) - "No passado, o diagnóstico dependia do conhecimento do profissional, que buscava sintomas e sinais físicos, detalhandoos com cuidado. Na medida em que a tecnologia foi incorporada, a qualidade do diagnóstico melhorou muito. Mas recorre- se mais do que o desejável aos métodos de diagnóstico por imagem, por exemplo. Isso reduz o tempo que o médico conversa com o doente. Assim, o risco de abusar da tecnologia é fazer o diagnóstico baseado exclusivamente nos exames. E até tratar o exame, o que é uma distorção. Isso também tem influência no ensino médico. A divisão da profissão em 53 especialidades e em 54 áreas de atuação fragmentou o paciente. Diante de qualquer sintoma, o paciente vai direto a um especialista, pois praticamente extinguimos os clínicos gerais (que agora queremos recuperar). Se acertar, tudo bem. Senão, vai de um especialista a outro. Temos de buscar é um médico capaz de atender a essas pessoas e encaminhálas. Nas faculdades, essa preocupação já aparece na hora de decidir o conteúdo das matérias."